Amamentar é um ato de amor e nutrição, mas também traz benefícios para a saúde da mulher. Uma das dúvidas mais comuns é: a amamentação influencia no risco de câncer de mama?
Neste artigo, o FEMME – Laboratório da Mulher em São Paulo responde às principais questões sobre esse tema, com base em informações científicas confiáveis.
Amamentar reduz o risco de câncer de mama?
Sim.
Estudos mostram que mulheres que amamentam têm até 22% menos risco de desenvolver câncer de mama ao longo da vida, em comparação com aquelas que nunca amamentaram.
Esse efeito protetor pode chegar a 26% de redução quando a amamentação totaliza pelo menos um ano de duração.
Isso acontece porque, durante a amamentação:
• A ovulação é suprimida, reduzindo a exposição ao estrogênio (hormônio que pode estimular o surgimento de tumores).
• As células da mama passam por mudanças que as tornam mais resistentes a transformações malignas.
Quem amamenta nunca terá câncer de mama?
Não é bem assim.
A amamentação reduz o risco, mas não zera a possibilidade. Algumas mulheres que amamentaram por longo período ainda assim podem desenvolver a doença.
Por isso, mesmo após amamentar, é essencial manter consultas regulares e realizar exames preventivos.
Posso ter câncer de mama durante a amamentação?
Sim.
Embora seja raro, é possível ser diagnosticada com câncer de mama durante a lactação. Nesses casos, geralmente é recomendado interromper a amamentação para iniciar o tratamento adequado.
Importante: o leite materno não contém células cancerosas e não faz mal ao bebê. O desmame é indicado apenas por causa dos tratamentos (cirurgia, quimioterapia ou radioterapia).
Como diferenciar um nódulo de leite empedrado de um tumor?
Durante a amamentação, é comum que as mamas fiquem mais endurecidas e doloridas quando estão muito cheias ou com mastite (inflamação na mama, às vezes com infecção). Porém, se um nódulo persistir por mais de 1 a 2 semanas, ou apresentar características suspeitas (muito duro, fixo, em crescimento), deve ser investigado.
O exame de escolha geralmente é a ultrassonografia das mamas, que pode ser realizada com segurança durante a lactação.
Em resumo
• Amamentar reduz, mas não elimina o risco de câncer de mama.
• Mulheres que amamentaram continuam precisando de exames preventivos.
• Câncer pode ocorrer durante a lactação, e nesse caso o tratamento deve ser priorizado.
• Persistência de nódulos deve sempre ser avaliada por um médico.
Conclusão:
A amamentação é um fator protetor contra o câncer de mama, mas não substitui a prevenção. No FEMME – Laboratório da Mulher em São Paulo, oferecemos exames de imagem seguros e acolhedores para mulheres em todas as fases da vida, incluindo o período da lactação.
Neste Outubro Rosa, lembre-se: escolha inteligente é se cuidar agora.