O transtorno do espectro autista (TEA) é caracterizado por um desenvolvimento atípico e pode afetar as manifestações comportamentais e interação social de pessoas de todos os gêneros e idades.
O autismo em meninas
Estudos mostram que o número de pessoas com TEA aumentou nos últimos anos. Em uma publicação feita pelo CDC em 2020, estima-se que 1 em cada 54 pessoas estão no espectro autista.
Esse mesmo estudo estima que há 1 menina com autismo para cada 4 meninos. Porém, de acordo com o Journal of Autism and Developmental Disorders, essa proporção pode ser, na verdade, de 1,8 para 1. Isso acontece porque geralmente as meninas são menos diagnosticadas.
As meninas, desde pequenas, são incentivadas a serem mais sociais e adaptáveis, enquanto os meninos possuem um pouco mais de liberdade para se expressarem. Com isso, muitas meninas camuflam os sintomas do TEA para conseguir interagir “normalmente” com outras crianças e adultos.
Algumas das camuflagens mais utilizadas por meninas e mulheres autistas são evitar o contato visual discretamente, focando em um ponto que fique entre os olhos ou nas sobrancelhas, disfarçar as estereotipias como balançar o corpo, sacudir as mãos ou bater os pés no chão e ensaiar interações, como diálogos, piadas, entre outros.
Como isso pode prejudicar as mulheres
O diagnóstico feito na infância pode ajudar uma criança a crescer com uma vida plena, sem precisar se esforçar para esconder comportamentos e interesses. É comum que pessoas com autismo sem diagnóstico comecem a apresentar ansiedade, depressão e outras doenças que prejudicam seu cotidiano na vida adulta.
Como é feito o diagnóstico?
As principais características do autismo são a dificuldade de comunicação, os comportamentos repetitivos e os interesses restritos. Aos 18 meses, já é possível fazer uma avaliação com um neuropediatra ou psiquiatra pediátrico, se os pais observarem algum sintoma.⁵
Já o diagnóstico em mulheres adultas é feito através de uma investigação por um psicólogo ou neuropsicólogo.
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